
A utilização de microscopia eletrônica de varredura para detecção de fraudes em café torrado e moído
O café é reconhecido mundialmente pela grande receptividade que tem sua bebida, sendo considerado um dos produtos de maior comercialização no mercado internacional. Estudos relacionados à composição do café, detecção de fraudes e avaliação de sua qualidade são indiscutivelmente importantes. Em todas as partes do mundo onde são consumidas, as autoridades sanitárias sempre se preocuparam com as fraudes de café. O material para fraudar o café tem que ser o mais barato possível, estar disponível em grande quantidade e apresentar perfeita semelhança com o café ao ser torrado e moído. Os adulterantes mais comumente usados desde a década de 80, auge da adulteração de café no Brasil, são milho, cevada, trigo e centeio, em concentrações que variam entre 20 e 40%. Para detectar fraudes no café pela simples observação microscópica, geralmente é necessária a utilização de tratamentos preliminares, como desengorduramento e tamisação, além da necessidade de se confirmar os resultados com análises físico-químicas, pois o método de microscopia ótica sozinho não é confiável. No caso de adulteração de café com substâncias amiláceas é necessário o uso de solução de lugol para corar os grânulos de amido. Contudo, como a coloração do café torrado é muito escura, não há contraste suficiente para uma identificação rápida e confiável do material amiláceo.
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